O dedo em gatilho ou tenossinovite estenosante é uma patologia que afeta os tendões flexores da mão. O dedo afetado pode apresentar uma mobilidade diminuída e dolorosa. A patologia deve o seu nome ao facto de muitas vezes, o dedo ficar preso numa posição dobrada, como se estivesse a puxar um gatilho, e, a qualquer momento, de forma repentina, libertar-se e voltar à posição normal.
A causa desta condição ainda não é totalmente clara, podendo resultar de múltiplos fatores: inflamação local, idade avançada, sexo feminino, diabetes, artrite, trauma da mão e realização de atividades manuais repetitivas.
Os sintomas do dedo em gatilho passam por dor ou sensibilidade no dedo afetado, presença de um nódulo ou espessamento no tendão correspondente, dificuldade em fletir o dedo e um som/estalido no arco de mobilidade do dedo.
O tratamento para o dedo em gatilho varia consoante a intensidade dos sintomas. Nas situações ligeiras, o tratamento pode passar por alterações das atividades de vida diárias e adaptações, crioterapia, medicação, utilização de talas ou ortóteses e exercícios de alongamento. Caso o tratamento conservador não conduza à resolução dos sintomas, poderá ser ponderada a infiltração local e, se adequado, o tratamento cirúrgico.
A Fisioterapia é uma das opções para tratamento desta condição, especialmente numa fase inicial. Neste sentido, as abordagens mais comuns são:
Exercícios de amplitude e movimento: exercícios para melhorar a amplitude do movimento, nomeadamente alongamentos, exercícios de flexão e extensão.
Terapia Manual: mobilizações articulares e libertação miofascial para melhorar o movimento do dedo e reduzir a rigidez.
Outros tratamentos: como terapia com calor ou gelo, estimulação elétrica e ultrassom.
Se estiver com sintomas do dedo em gatilho, é aconselhável marcar uma consulta com um Médico Especialista, como um Ortopedista Especialista em Patologia Traumática e Degenerativa do punho e da mão, para obter um diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado às suas necessidades individuais.