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Zumbidos, cefaleias, tonturas e vertigens

Entende-se por zumbido um som percebido no(s) ouvido(s) ou na cabeça sem estímulos sonoros externos. O zumbido quando surge no(s) ouvido(s) é um sintoma indicativo de que há algum problema de saúde, com origens diversas. Este sinal pode-se manifestar quando o paciente tem patologias na cervical, doenças neurológicas, dificuldades auditivas, excesso de cafeína, alimentação inadequada, diabetes, depressão, cera acumulada, doenças cardiovasculares, alterações na articulação temporomandibular e problemas músculoesqueléticos. Pode vir acompanhado de dores de cabeça, pescoço e ombro.

O Médico Otorrinolaringologista fará o diagnóstico e o tratamento para o zumbido pulsátil, somático, neurossensorial, misto ou idiopático. Contudo, o Fisioterapeuta é o profissional de saúde indicado quando se trata de zumbido de causa somatossensorial, isto é, provocado por disfunções músculoesqueléticas, através da utilização de terapêutica física.

Problemas na cervical, músculoesqueléticos, limitações de movimentos, na articulação temporomandibular, postura incorreta, utilização inadequada de telemóvel, computador ou problemas emocionais são algumas das situações que provocam zumbidos e que a Fisioterapia ajuda a atenuar ou a eliminar. Ao longo das sessões, o Fisioterapeuta vai ajudar o paciente a aliviar a tensão muscular, por meio de diversas técnicas como o relaxamento muscular, alongamento, mobilização articular, exercícios de mobilidade, pressão nos pontos de tensão, TENS (eletroestimulação), massagem terapêutica. Para além deste trabalho, o Fisioterapeuta vai sugerir estratégias para que o paciente possa aplicar no dia-a-dia.

Fisioterapia e tonturas/vertigens

O Sistema Vestibular é formado pelo ouvido interno (labirinto) e pelo cérebro que, em conjunto, são responsáveis pelo nosso equilíbrio. Quando este sistema revela problemas, o paciente pode manifestar sintomas como tonturas, vertigens, falta de equilíbrio e de visão.

No ouvido interno existem cristais que são responsáveis pelo equilíbrio e que, quando não estão corretamente posicionados, provocam a sensação de vertigem ou tontura.

A Fisioterapia Vestibular é uma ajuda fundamental para atenuar ou eliminar estes problemas, através dos seus tratamentos especializados, isto é, da Terapia de Reabilitação Vestibular. Este é o método indicado para melhoria da qualidade de vida de pessoas com estas condições.

Os exercícios clínicos direcionados para estas questões são, fundamentalmente, exercícios de habituação (o paciente vai reduzir a frequência e a força das vertigens), exercícios de estabilização do olhar (o paciente vai controlar os movimentos dos seus olhos) e exercícios de equilíbrio (o paciente vai melhorar o seu equilíbrio).

Fisioterapia e cefaleias

A cefaleia é conhecida vulgarmente por dor de cabeça e afeta cada vez mais pessoas, sendo, por isso, uma das patologias para a qual os pacientes procuram mais medicação. Podem ser divididas segundo duas categorias principais: cefaleias primárias (patologia crónica de disfunção do organismo, sem causa conhecida) e cefaleias secundárias (patologia com origem noutras doenças, como infeções, gripe, sinusite, trauma). As cefaleias primárias mais comuns são a tipo tensão e a enxaqueca e a cefaleia secundária mais comum é a cervicogénica.

A cefaleia, que por vezes surge com outros problemas como os músculoesqueléticos, por ser uma patologia multifatorial, isto é, que pode ter várias causas, exige uma equipa médica multidisciplinar para haver uma diagnóstico preciso.

Para esta situação, a Fisioterapia craniocervical é uma terapêutica que trabalha não só a causa, mas também a origem das dores de cabeça, pensando no paciente como um todo. O Fisioterapeuta começa pelo historial clínico do paciente para perceber tudo o que possa estar relacionado com a queixa. Fará um raciocínio clínico cuidado e global e utilizará estratégias tais como a terapia manual, reeducação postural e do movimento para reduzir a intensidade, frequência e duração das cefaleias, para reduzir os sintomas associados e para fornecer ao paciente exercícios de prevenção, evitando, assim, novas crises.

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